2. Chapter 2 (1/2)
ii.
foi atrás dela. mas, assim que entrou na alcova do chevalier, arrependeu-se. ouviu a voz ácida do amante, que parecia agora muito melhor.
-ora, ora, quem finalmente resolveu me visitar para saber se estou vivo ou morto...
philippe resolveu no entrar no drama.
-confiei você, meu caro, às mos de madame. no há melhores. pelo tom irnico de suas palavras, vejo que já está totalmente restabelecido. gente doente no costuma ter foras para implicncias. concorda comigo, madame?
ela ergueu as so
ancelhas, olhou de um para o outro, mas ficou muda. no iria se meter naquela rusga, pois no lhe dizia respeito. limitou-se a dizer:
-no tenho opinio formada so
e o assunto. vou deixá-los a sos. prometi a elisa que iria assistir sua aula de musica hoje.
philippe percebeu que ela ia escapulir . mas ele queria esclarecimentos so
e a conversa que estavam tendo.
-ento eu vou acompanhá-la. ainda no terminamos a nossa conversa.
-que conversa?- quis logo saber o chevalier.
o chevalier de lorraine era extremamente curioso e fazia questo absoluta de se manter bem informado.
-minha esposa estava me contando so
e um pretendente que ela teve antes de se casar comigo, lá na terra dela.
o chevalier esbugalhou os olhos. estava surpreso com aquele pormenor da biografia da princesa palatina que ela jamais revelara.
-como nos no soubemos disso durante todos esses anos, madame?-foi perguntando sem a menor cerimnia ou tato.
ela no se abalou. teve até vontade de rir do jeito como o chevalier de lorraine havia se expressado. mas manteve a sua habitual tranquilidade.
-no é nada de importante. já faz muito tempo. melhor deixar esse assunto cair no esquecimento. sinto calafrios so de pensar...
philippe sentia-se bastante bem. tinha convico de que apesar de seus defeitos e limitaes, a mulher no sentia calafrios de desagrado ao lem
ar dele.
liselotte aproveitou a pausa e bateu em retirada. rumou apressada para a sala de musica para assistir a filha tocar uma nova pea no clavicordio, deixando os dois homens compartilhando a mesma curiosidade.
-e ento, philippe? vai deixar madame fugir assim, sem nos dar uma explicao?
philippe já estava raciocinando, pensava em como faria para apurar a historia do tal pretendente.
-o marido, como você bem sabe, sou eu. vou insistir e ela vai acabar me contando quem era esse noivo. pelo jeito dela, devia ser um tipo bem desagradável.-disse no sem uma ponta de satisfao intima.
-que egoismo! por que foi falar disso na minha frente?
philippe sentiu empatia pala curiosidade do chevalier.
-eu lhe conto o que desco
ir. vou já para a sala de musica.
quando chegou à sala de musica, encontrou a filha de sete anos sentada ao clavicordio tocando um exercicio. perto da menina estava monsieur franceschini, o mestre, marcando o compasso com um basto. a esposa, o filho de nove anos e a maria von schoenburg estavam assistindo o pequeno recital. elisa interrompeu a apresentao familiar, cheia de timidez com a presena do pai. monsieur resolveu disfarar. nunca se interessara antes pelos estudos da filha caula, aliás, de nenhum dos filhos.